O QUE FAZEM OS SOLITÁRIOS????

O QUE FAZEM OS SOLITÁRIOS????
a solidão perturba, machuca, mas como toda a indicação de um bom médico... Nada em excesso faz mal - ou melhor, quase nada! rsrs... A solidão, às vezes faz bem! Porém Ana, deixou sua vida, por 2 anos se tornar um mar solitário... LEMBRANÇAS DE UMA ADOLESCENTE!

terça-feira, 29 de junho de 2010

Estréia de Eclipse em 28 de junho (São Paulo)

"Eclipse" tem pré-estreia em SP
Filme mais esperado ano é bem fiel ao livro

28/Junho/2010 23:55

Nesta segunda-feira, 28 de junho, rolou a pré-estreia do filme Eclipse, em São Paulo. Antes, porém, o filme mais esperado do ano foi exibido para jornalistas
A história adaptada para as telonas pelo diretor David Slade já começa na maior tensão, com o vampira Victoria atacando Riley, na tentativa de transformá-lo. Depois, Bella e Edward surgem namorandinho na campina, desta vez, toda florida. Ed pede a mão de Bella em casamento, e ela não vê a hora de se tornar vampira.

A tomada que mostra Jacob em cena pela primeira vez é simplesmente tudo de bom. Taylor Lautner está mais lindo do que nunca! Sim, até as jornalistas soltaram um "aaaaiiii" quanto Tay surgiu sem camisa...

Os passados de Rosalie, Jasper e a história dos quileutes foram bem fieis ao livro de Stephenie Meyer, mas a roteirista Melissa Rosenberg também acrescentou algumas passagens inéditas na história, como:

* Bella ganha de sua mãe de presente de formatura uma colcha feita com camisetas dos lugares para onde as duas já foram viajar;

* Os Volturi (Jane e companhia) aparecem em Seattle para observar a criação do exército de recém-criados.
Cena da cabana
A tão esperada sequencia da cabana é, sim, muito legal. Assim como no livro, Jacob aquece Bella com o calor de seu corpo e fica irritando Edward. Quem é team Jacob vai amar. Melhor que isso só o beijo que Bella pede a Jacob - fora da cabana.

Mas, as "edwardetes" de plantão não precisam se preocupar, pois o vampirão arrasa na cena em que acaba de vez com Victoria.
POR: JÉSSICA ALVES!

Humm... Esses dois!!!

Kris e Rob juntinhos em festa


28/Junho/2010 12:40

Depois da passagem baphonica pelo tapete vermelho na première de Eclipse em Los Angeles, todos os atores da saga Crepúsculo foram para uma animada festa que rolou no hotel Thompson. De acordo com o site E! Online, amigos do casal que estavam por lá, disseram que Kris e Rob ficaram juntinhos a festa toda, num clima superlove. Porém, até agora os fofos não confirmaram nenhum namorico...

POR: JÉSSICA ALVES.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Cada um cuide do que tem!!!!

Há alguns dias, pessoas vieram me dizer que algumas de minhas amizades não eram boas de se manter... Usaram inúmeras desculpas, queriam a todo custo me influenciar a não tê-las por perto.
Boba, eu comecei a dar ouvidos para essas pessoas, fui aos poucos, me afastando dos meus amigos. Mas, depois de muito pensar e sofrer sem eles, percebi!
A vida é como um presente! Cada um recebe, individualmente o seu, e cabe a você saber como irá cuidá-lo... O tempo de duração desse presente... Muitas vezes, é você quem dá.
As pessoas que vem, que se aproximam desse presente - da sua vida- devem ser de escolha sua!
Não deixe que os outros, palpitem no SEU presente! Na sua Vida! Se não for para lhe ajudar... Tape os ouvidos, e siga em frente!
Não tenha medo do que eles irão pensar! Se for algo bom, para o seu bem... Você irá ficar em paz no final... Lembre-se: O presente é seu!
POR: Nandy Silveirinha.

Fiquem Ligados!!!












Para todos os fãs da Gaga.... Recomendamos este site também: http://ladygagaportugal.blogs.sapo.pt/.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Em piadas de Sogra, sempre é a coitada que se dá mal, Mas ESTA DAQUI É DIFERENTE!

O guarda manda o sujeito parar o carro. - Seus documentos, por favor. O senhor estava a 130km/h e a velocidade maxima nesta estrada é 100. - Não, seu guarda, eu estava a 100, com certeza. A sogra dele corrige: - Ah, Chico, que é isso! Você estava a 130 ou mais! O sujeito olha para a sogra com o rosto fervendo. - E sua lanterna direita não está funcionando... - Minha lanterna? Nem sabia disso. Deve ter pifado na estrada... A sogra insiste: - Ah, Chico, que mentira! Você vem falando há semanas que precisa consertar a lanterna! O sujeito está fulo e faz sinal à sogra para ficar quieta. - E o senhor está sem o cinto de segurança. - Mas eu estava com ele. Eu só tirei para pegar os documentos! - Ah, Chico, deixa disso! Você nunca usa o cinto! O sujeito não se contém e grita para a sogra: - CALA ESSA BOCA! O guarda se inclina e pergunta à senhora: - Ele sempre grita assim com a senhora? Ela responde: - Não, seu guarda. Só quando ele bebe.

CONVITE MUIIIITOOOO ESPECIAL!!!

Oi Galerinha do Blog!!!! Nos dias 17 e 18, acontecerá uma baita festa na igreja NOSSA SENHORA DO CARMO, - daqui de Campinas!!! É uma comunidade pequenina, porém muitooo esforçada! Querem ajudar? Participem da festa!!!
É isso aí! Não importa se você não é católico! Vá mesmo assim, pois tenha certeza de que se você for... Estará ajudando uma comunidade a se manter!!!
Beijos, valeu!!!!
OBS: ainda não sabemos o endereço da festa, mas quando ficarmos sabendo, postaremos o mais rápido possivel!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Parabéns a todos os voluntários deste MUNDO NECESSITADO!!!

This Way Up - África do Sul

O projeto foi desenvolvido em Cape Town para realizar trabalhos com jovens, entre 17 e 25 anos, que possuem histórico problemático, a fim de fazer com que eles mudem suas vidas de alguma forma. Os voluntários oferecem todo suporte necessário para que os jovens terminem os estudos e estejam preparados para o mercado de trabalho.

Enabling a Disabled Child - África do Sul

Este projeto, localizado em Rondebosch East, Cape Town, está voltado ao cuidado de crianças e jovens com necessidades epeciais, deficiências físicas ou mentais em escolas especializadas na alfabetização desse público e para o desenvolvendo atividades externas com os mesmos.

Animal Charity - África do Sul

Este é o projeto ideal para quem gostaria de trabalhar voluntariamente ajudando no cuidado e na reabilitação de animais feridos como cães e gatos. O projeto, desenvolvido em Athlone, oferece ajuda veterinária para donos de animais que não tem condições de pagar por este tipo de serviço.

Heart for Orphans - África do Sul

Neste projeto desenvolvido próximo a Cape Town, os voluntários trabalham com bebês, crianças e jovens órfãos, sem suporte familiar, orientação ou companhia para brincar. Os participantes podem optar por trabalhar com bebês recém-nascidos, crianças e jovens entre 4 e 17 anos.

Hands on "Big 5" - África do Sul

Neste projeto os voluntários se envolvem com todos os aspectos de conservação da reserva e dos animais que lá habitam desenvolvendo atividades como controle de erosão do solo, pesquisas das espécies animais e vegetais existentes na região, contagem de animais e ajuda nas escolas comunitárias.

Youth at Risk - África do Sul

Este projeto é uma combinação entre opções onde os voluntários trabalham ajudando pessoas que vivem nas ruas desenvolvendo programas educacionais, servindo refeições, praticando esportes e oferecendo apoio e suporte para garotos com dependência química.

Teach Kids on the Beach - África do Sul

Neste projeto os voluntários trabalham em uma escola no litoral sendo responsáveis por dar aulas para pequenas turmas de acordo com a idade e necessidades especiais.

Save The Great White Shark - África do Sul

Este projeto oferece uma oportunidade única de se realizar trabalhos de pesquisa com tubarões. Os voluntários envolvidos neste projeto trabalham com o objetivo de conservar a espécie através do desenvolvimento de pesquisas, expedições e planos de conservação.

Chimp Fun - África do Sul

Projeto focado no dia-a-dia dos chimpanzés e seus comportamentos onde os voluntários desenvolvem atividades como preparação de refeições, monitoramento e ajuda para turismo sustentável da região.

Hope Journey - África do Sul

Neste projeto os voluntários irão oferecer assistência de saúde em clínicas para crianças e portadores de HIV com a supervisão de enfermeiras qualificadas além de desenvolver atividades em escolas trabalhando com monitoramento e criação de workshops (música, fotografia, teatro).


African Horse Care - África do Sul

Projeto indicado para voluntários apaixonados por eqüinos e que desejam conhecer tudo sobre cuidados e a vida selvagem destes animais. O voluntário irá passar os dias cuidando dos animais e cavalgando dentro da reserva, assim como participar do curso "Eqüinos e Conservação".

Projeto "Wildlife Care Centre" - Kruger Área

Projeto responsável pela reabilitação de animais selvagens em seu habitat natural e por cuidar de animais órfãos ou que sofreram sérios ferimentos e não poderão mais voltar para a selva. As tarefas diárias variam entre alimentar cuidar e atuar em atividades de reabilitação dos animais.

Monkey Project - África do Sul

Projeto realizado com macacos onde os voluntários realizam atividades como construção de viveiros, preparação de alimentos, reabilitação e até domesticação desses animais.

Private Game Farm - África do Sul

Esse projeto vai te levar "por trás das cenas", onde o turista não vai e irá ensinar você a gerir uma "Game Farm", os princípios da gestão da vida selvagem, conservação e preservação do ecossistema. Ele é localizado em uma "Game Farm" de 65000 hectares, beirando o Kruger National Park.

Kruger Cheetah - África do Sul

Esse projeto tem sido desenvolvido em conjunto com conservacionistas e especialistas em cheetahs e cães selvagens, duas espécies altamente ameaçadas, que não podem ser soltas novamente à vida selvagem. O objetivo do projeto é educar jovens sobre a situação desses animais atravé de atividades educacionais, monitoramentos e preparação de alimentos e reabilitação.

POR: Nandy silveirinha

O humor do seu dia...

Eu olho para fora da janela - do quarto.
O som do acordar lá fora está alto.
As pessoas andam de encontro com o ponto de ônibus.
Aí percebo que é hora de acordar!
Estou estressado, nervoso, irritado!
Mas, para que tudo isso? Olhe e veja o dia! Está lindo!
Nem para quem sofre, tem o direito de dizer que não há motivos... Para sorrir!
O sol é um sinal de que podemos fazer melhor! Podemos modificar nossas fraquezas!
Sorrir não é o bastante, mas é o primeiro passo.
Levanto da cama! - esperançoso!
O dia me reserva algo... Que de qualquer forma, mesmo que for ruim, eu irei transformar!







POR: Nandy silveirinha.

A Nossa querida Saga Crepúsculo!

Falta tão pouquinho tempo!!!! Estamos chegando lá! É tanta expectativa para esse filme que se ele não for demaaaisss, vamos ficar decepcionados!

Nossa Saga tão amada!!! Agora, até os rapazes não deixaram de assistir... Por causa das cenas de lutas - que eu, particularmente acho magníficas!!!
30 DE JUNHO!!!! Iupppp!!!! Estamos quase lá! (Bom mesmo é saber que teremos amanhecer!!!! - Em duas partes para nos animar mais ainda!!!!








Por: Jéssica Alves!!!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Novidades!!! O mundo das novelas!

Em "Passione", os personagens Totó e Clara, vividos por Tony Ramos e Mariana Ximenes, vão se casar e irão morar na mesma casa.

A vilã passará, a partir de então, a infernizar a família Gouveia, segundo o autor Silvio de Abreu.

A informação é da coluna Outro Canal, assinada por Andréa Michael e publicada na Folha desta quinta-feira (17). A íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL.

Além disso, Bete (Fernanda Montenegro) irá revelar a Olavo (Franscisco Cuoco) que não tirou o filho como ele assim determinou.

Ele ficará atordoado com a novidade, mas logo contará a Clô (Irene Ravache) que, acredite se quiser, reagirá positivamente.

A rainha do lixo, que é obcecada por morar no Jardim América, adorará saber que é quase parente de Bete Gouveia, uma dama da sociedade paulista.
O mundo está aí... Repleto de coisas bacanas para se apreciar, - Ou coisas que julgamos ser legais. A cada dia, nós nos interessamos por algo... Um tipo de música diferente, novos amigos, paixões, afazeres, lazer... Nossas mentes vão a cada segundo ficando mais ocupadas... Se nós funcionássemos como chaminés podem ter certeza de que sairia muita fumaça de nossas cabeças. - Nosso tempo é corrido, - é isso que quero dizer.
Mas, se analisarmos a beleza da vida - mesmo com tantas desgraças. Se observarmos o quanto é maravilhoso viver, simplesmente respirar... Que linda é a cor do nosso sangue... do nosso corpo, dos nossos olhos! Para nós é tão comum olharmos no espelho e achar "normal e simples" o que vemos refletir. Mas, nós somos dádivas!!! Pensamos, vivemos, rimos, choramos.... Somos filhos de uma força grandiosa... Somos amados a cada instante dessa vida!
Mas, será que agradecemos todas as vezes em que nos colocamos em pé da cama? Todas as vezes em que saímos de casa, em que nos livramos do perigo, ou por simplesmente termos a capacidade de respirar?
VOCÊ SABE DE QUEM EU ESTOU FALANDO, NÃO SABE?
Agora, nesse exato momento o mundo explodi fumaça em sua chaminé... Os teus problemas se acumulam a toda hora... Mas, e se a resposta estiver bem ao seu lado??? pertinho de você!
Deus é a resposta, meus queridos!!!
POR: Nandy Silveirinha.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O papo é coisa séria...


Adolescentes de todo o mundo sofrem com isso... É um assunto muito comentado, mas quase ninguém age corretamente em relação a ele: ABORTO.
Geralmente, após descobrir a gravidez indesejada - a mulher, (muitas vezes adolescente) recorre ao aborto. E o pior: Em lugares clandestinos - que muitas vezes a prejudica - levando-a até a morte!!!
Ou, muitas das vezes - a criança nasce - mesmo após o procedimento do aborto. - Mas, nasce cheia de deficiências e complicações.

Isso não é por falta de instrução, e sim de responsábilidade.
Bianca Bin representa atualmente uma personagem que viveu esse dilema, e que recorreu ao aborto. - temendo o que a família iria dizer sobre sua gravidez indesejada.



O que a Fátima (Bianca Bin) da novela Passione - rede globo, - devia ter feito ao invés de abortar???
MANDE SUA OPINIÃO.



PiAdAs!!!!


A loira entra na farmácia com um bebê e pergunta para o farmacêutico: - Moço, eu posso usar a sua balança de bebê?
- Infelizmente a nossa balança de pesar bebês está quebrada - responde ele.
- Mas nós podemos calcular o peso do bebê se pesarmos a mãe e o bebê juntos na balança de adultos e, em seguida, pesarmos a mãe sozinha. Depois é só subtrairmos o segundo valor do primeiro! - disse uma das atendentes empolgada.
- Que interessante! - exclama a loira, abismada. - Pena que não vai dar certo...
- Por que? Algum problema? - pergunta o farmacêutico.
- É que eu não sou a mãe do bebê! Sou a TIA!!!
Por: Maria S.S


Prefácio

Eu sofri a sua ausência. Quis por muito tempo continuar sofrendo... Morrer por você. Lutar pela sua justiça, mas meu coração se recusou... Ele aceitou a sua partida e agora luta dentro de mim. – ele quer viver! Eu tentei continuar com o meu plano de culpa, mas percebo que estou sendo derrotada.
Você se foi, e por dois anos a história da minha vida se transformou em um mar de lamentações. Por dois anos eu me esqueci de como é o mundo lá fora... Espero que não se importe, mas viver é agora o meu objetivo.

1. Lembranças.

Sob o sol fumegante, eu dormia. Seus raios entravam parcialmente pela minha janela, embora fosse o suficiente para queimar minha pele.
A cortina que o impedia de consumir-me em brasas, balançava vagarosamente, permitindo esses raios solares de entrarem.
Acordei com o rosto em chamas, esfreguei os olhos estupidamente, que ainda estavam sonolentos.
Ao lado da cama, ficava uma velha penteadeira que eu ganhara de minha avó.
Por alguns minutos fiquei encarando minha imagem refletida em seu espelho.
De que adiantava eu ter tanta beleza? Pele morena clara, rosto perfeito, cabelo castanho, longo, e olhos azuis como o céu?
- Queria ser como as outras garotas. – exclamei tristemente.
Lembrei-me. Era meu aniversário. Eu não queria comemorar, não queria que ninguém me desse os parabéns. Eu estava completando dezessete anos.
Lembro-me perfeitamente do pior dia da minha vida. Há exatamente dois anos atrás minha irmã gêmea falecera por minha causa.
Era nosso aniversário de quinze anos, mamãe havia preparado a maior festa da cidade.
Estávamos todos felizes, embora Clarice minha irmã, acordara com uma pequena crise asmática. O problema era de nascença.
Fomos caminhar logo pela manhã daquele dia. Enquanto andávamos, percebi que Clarice não estava nada bem.
- Não consigo... respirar – disse ela, ofegante.
- Vamos voltar para casa – falei apoiando-a em meus braços.
- Não! Eu quero ver o rio antes da festa – ela estava muito pálida.
Andávamos por uma trilha que meu pai havia feito há alguns anos, certamente quando veio pela primeira vez a Laranjais. As árvores balançavam por causa do vento, podíamos ouvir o barulho de alguns galhos quebrando.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O Primeiro gol... Do primeiro jogo do Brasil na copa: ELE É MAICON.








28 anos, o lateral-direito Maicon faz parte da defesa da seleção brasileira que atua na Internazionale de Milão, ao lado do zagueiro-capitão Lucio e do goleiro Julio Cesar. Maicon começou a jogar nas categorias de base do Criciúma, originalmente na posição de meia-direita. O pai se tornou seu treinador no clube e decidiu testar Maicon na posição que ele, pai, havia ocupado na equipe do Novo Hamburgo, quando era jovem. Deu certo.
Em 2001, transferiu-se para o Cruzeiro e em 2004 assinou contrato com o Monaco, da França. Dois anos depois, foi para a Inter. Com 70 convocações, sonha em ser campeão mundial e em jogar futebol por muitos anos ainda. “Quero prolongar ao máximo a minha vida dentro do esporte, quero jogar até onde conseguir”, conta o gaúcho de Novo Hamburgo.
Seu pai foi sua maior influência no futebol…
Sim, foi. Ele jogou no Novo Hamburgo e em vários times do interior gaúcho e a família sempre acompanhava os jogos. E foi ele quem decidiu que eu jogaria como lateral-direito. Ele estava certo, pois foi nessa posição que cheguei ao Cruzeiro, à Europa e à seleção.
Você teve muitos problemas de adaptação na França?
Os primeiros seis meses foram difíceis, não sabia nada de francês. Minha salvação foi o treinador, Didier Deschamps, que levantou a taça na Copa da França em 1998: ele fala espanhol e aí eu consegui me virar, apesar de não falar espanhol também (risos)… mas ele teve paciência e me ajudou muito. Depois de uns seis meses já conseguia me comunicar bem.
E dentro de campo, foi difícil o início na Europa?
Não foi fácil. No Brasil, lateral-direito ataca mais, quase nunca tem função apenas de marcar. Na Europa é o contrário. Um treinador que tive, Francesco Guidolin, hoje no Palermo da Itália, me disse que na minha posição o jogador tem de defender 90% do tempo e atacar somente em 10%. Eu não tinha muita noção defensiva e tive de me adaptar.
O futebol francês é muito diferente do italiano?
Na França a bola não para, é uma correria danada, exige muito mais preparação física. O futebol italiano é mais tático e de mais força, é mais tranquilo de jogar.
A torcida na Itália assedia muito?
Mais que no Brasil, onde eu não era tão conhecido. Aqui na Itália é impressionante, não da para ir ao restaurante, não dá para andar no centro. Mas é legal, é o reconhecimento do trabalho, é o lado bom. Na França, havia 4.000, 5.000 pessoas nos estádios. Aqui sempre tem mais de 30.000. Os italianos são muito mais fanáticos.
E a imprensa italiana?
Eu me dou bem com toda a imprensa porque falo direto com os jornalistas, não tenho intermediários. Assim evito mal-entendidos.
Como é jogar com o Lucio e Julio César?
Cada dia treinamos mais e mais. Assim facilita muito quando estamos junto com a seleção. Já sabemos o que um ou outro faz, fica bem mais fácil.
O Lucio parece ser muito competitivo, às vezes até bravo…
Que nada, ele é tranquilo. Na hora do jogo ficamos nervosos e mudamos a fisionomia, fazemos caretas… Mas é só isso, apenas reações normais dentro da partida.
Qual seleção européia pode surpreender?
Eu acho que uma grande favorita é a Inglaterra. Pela idade e experiência de jogadores, é a seleção a ser batida.
E o grupo do Brasil na Copa?
Estamos no grupo da morte, não tenho dúvida. Se passarmos por este grupo, temos grande chance de chegar longe. Não temos adversário fácil. Dizem que a Coreia do Norte não é boa, mas acho um bom time. Portugal e Costa do Marfim também são fortes. Mas acho melhor cair logo de vez num grupo assim na primeira fase, porque já temos de começar forte, a 100%, já na primeira partida.
Você pensa em voltar a jogar no Brasil?
Hoje não há a mínima chance, tenho contrato até 2014, mas não sei do futuro… Vou pensar nisso mais para a frente.
Já passou pela cabeça ser treinador?
Não, sem chance. Depois que parar de jogar não quero mexer com futebol. Quero seguir o máximo de tempo que puder jogando, é o que gosto de fazer. Cada treinamento é uma diversão, a convivência é ótima, ganhamos cultura, afinal há jogadores de vários lugares do planeta. Espero que isso demore para acabar.
Por Silvio Nascimento

segunda-feira, 14 de junho de 2010



Ele é o ídolo de milhares de adolescentes e é cobiçado por muitas meninas. Robert Pattinson, no entanto, deu um mau exemplo esta semana ao ser clicado fumando. O site "Daily Mail" publicou nesta terça-feira, 8, fotos do ator tragando um cigarro durante um intervalo das gravações de "Water For Elephants", seu novo filme.Com aparência cansada , Pattinson sentou em um banco e por lá ficou um bom tempo. No último domingo, 6, o ator ganhou o MTV Movie Awards na categoria melhor ator, por seu trabalho no filme "Lua Nova".

Minhas amigas - que por sinal adoram esse cara - ficaram super, hiper, mega decepcionadas.

Alô??? O que vocês queriam, meninas? Que ele se comportasse como um deus?

Essa é uma das desvantagens de amar uma pessoa que não se conhece!

Não fiquem tristes... Carol, Tati, Pam... E Cris.

Os seus gatos - namorados são umas graçinhas. Aproveitem a decepção para dar mais atenção a eles.

Por: Maria S.S

homenagem...


Temos a incrível habilidade de adaptação. O ser humano que realmente é forte, que tem esperança... Nunca desiste. " O céu é o limite"
Esses sim, são os seres que procuram a felicidade, não importa a limitação. O desafio só ajuda na experiência da vida.
Um VIVA para todos esses seres maravilhosos, que ajudam a mostrar que a vida vale a pena realmente!!!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Lembranças de uma adolescente



Uma visão incompreensiva do mundo.

O preconceito das pessoas, o abandono dos amigos...

Pensamentos negativos... Desistir?

Ana sofre esse dilema!!! - Embarque nessa história:

- Lembranças de uma adolescente.

De uma simples... Adolescente!

Por: Nandy Silveirinha.

Sábias palavras e grandes gestos

A força das palavras







Agonia. Por que saltas coração? De medo?
Cravo meus olhos sangrentos para baixo
Vejo a profundidade do abismo, vertigem, embaraço
Agarro-me às grades da janela
Flashes de uma vida miserável
Lembranças jamais esquecidas
Sonhos, planos, ideias perdidas
Num tempo a julgar perfeito.
É fato, uso apenas uma fração da mente
A inteligência está longe de minhas ações
Heróico é aquele homem que grita lá em baixo
Rouco, a implorar-me pela vida. Sou delinquente.
Não o ouço, brado um grito insolente
Choro. Não de tristeza, mas de solidão
Um mundo cruel me virou as costas
Nos esgotos imundos minhas lágrimas caem
Saudades recolhidas, moram em meu peito gélido
O cérebro agora funciona, ignoro a sanidade
Eu quero seguir em frente, está é a verdade
A mão se desequilibra da grade
O coro tumultuante lá em baixo geme, grita... Sofre








Homens tolos, ao menos sabem meu nome?
Minha decisão já está tomada
Chega ao fim mais uma triste jornada
Mais uma alma desconsolada
O eco das vozes aos poucos somem
Mas aquelas ainda soam com força
Clamam com fúria... Impedem
A mulher recita aos meus ouvidos
O cérebro capta talvez a última mensagem
O ato está quase consumado
O vento traz novamente a voz do homem desesperado
E percorre por entre meu rosto... Necessitado
Fria está minha pele, tensas estão minhas mãos
Sinto o arfar da compreensão
Por que insistem, ó humanos insistentes?
" Entregue sua vida nas mãos de Deus, e sinta a mudança acontecer"
Palavras doces, palavras sábias
Ó palavras, libertaram minha alma
A tensão lá embaixo pouco à pouco se desfaz
Some o vento voraz, a rua volta a seu fluxo habitual
Palavras doces, palavras calmas
Sábias palavras para mais uma vida salva.
Por: Fernanda Silveira.






terça-feira, 8 de junho de 2010

A lei da natureza.... Nossa natureza.



Quando em nós desperta o instinto selvagem... Não é uma boa decisão. Agimos por impulso, que muitas vezes nos prejudicam.
Quando em nós desperta o instinto doméstico... Não é uma boa decisão.
Agimos amorosamente, onde muitas vezes somos passados para trás por nossos próprios colegas - que se dizem amigos. Nessa hora nos arrependemos de não termos agido como leões selvagens.
Uma mãe que proteje o filho como uma leoa pronta para devorar quem lhe for ameaça aos olhos... Faz com que esse filho se sinta preso - sem liberdade de escolha.
Então o filho diz depois de muita proteção: - Mãe???? Deixe-me cuidar da minha vida sozinho!
A mãe protetora leoa selvagem percebe então que poderia ter sido mais calma - mais doméstica.
Nossa vida é assim... Há momentos, e Há momentos... Cabe a nós decidirmos onde encaixar o lado selvagem e o lado doméstico.
Por: Maria S.S

Lembranças de uma adolescente/ comentário 2

Ana- personagem principal - não se vê em condições de aceitar a vida tranquilamente. Se culpa pela morte da irmã, porém seu pai - Marcos - vai tentá-la ajudar.
Toca do Leão é o destino, a maior chácara da cidade, onde eles pretendem acampar. - Um acampamento em família. Pode dar certo.... Ou não.
Se liguem nos próximos capítulos que estão por vir.
Por: Fernanda Silveira - o autor.

sábado, 5 de junho de 2010






















Joazinho olha para sua mãe gravida e interroga:- Mãe o que você tem aí dentro?- Seu irmãozinho.- Você gosta dele?- É claro!- Então porque você o comeu?

As trê mais.. continuação.

UM LADRÃO MUITO ESPERTO, RESOLVEU ROUBAR UMA NOITEQUE NÃO TINHA MAIS NADA PRA FAZER...VIU QUE NÃO TINHA NINGUÉM EM CASA MESMO, E FOIENTRANDO.DEU UM PASSO E OUVIU UMA VOZ:-JESUS TÁ TE OLHANDO!DEU OUTRO PASSO:-JESUS VAI TE CASTIGAR...DEU OUTRO PASSO...-AINDA TEM TEMPO DE TU TE ARREPENDER!PENSOU QUE FOSSE UMA VOZ DIVINA E DEU OUTROPASSO:- JESUS NÃO VAI TE PERDOAR!O LADRÃO DEU MAIS UM PASSO E ENCHERGOU ATRÁSDO ARMÁRIO UM PAPAGAIO.- AH! É TU PAPAGAIO FIÁ DA PUTA. COMO É TEU NOMECHÊ?-AH! MEU NOME É FERRERINHA.-AH! QUE ENGRAÇADO, EU NUNCA VI UM PAPAGAIO COMO NOME DE FERRERINHA!-NÃO, ENGRAÇADO É UM PITIBUL COM O NOME DE JESUS!

Cena: sujeito entrando em uma agropecuária.- Tem veneno pra rato?- Tem!, Vai levar? - Pergunta o balconista.- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!!**************************************************Cena: No caixa do banco, o sujeito vai descontar um cheque.A pergunta: Vai levar em dinheiro???- Não!!!!! Me dá em clips e borrachinhas!!!**************************************************Cena: Casal abraçadinho, entrando no barzinho romântico.A pergunta: Mesa para dois?- Não, mesa para quatro, duas são prá colocar os pés.************************************************** Cena: o sujeito apanhando o talão de cheques e uma caneta.A pergunta: Vai pagar com cheque?- Não, vou fazer um poema pra você nesta folhinha>************************************************* Cena: Sujeito no elevador (no subsolo-garagem).A pergunta: Sobe?- Não, esse elevador anda de lado.************************************************** Cena: Sujeito fumando um cigarro.A pergunta: Ora, ora! Mas você fuma?- Não eu gosto de bronzear os pulmões também.************************************************** Cena: Sujeito voltando do píer com um balde cheio de peixes.A pergunta: Você pescou todos?- Não, alguns são peixes suicidas e se atiraram no meu balde.************************************************** Cena: Homem com vara de pesca na mão, linha na água, sentado.A pergunta: Aqui dá peixe?- Não, aqui dá tatu, quati, camundongo, ... Peixe costuma dar lá no mato...************************************************** Cena: Edifício pegando fogo, funcionários saindo correndo.A pergunta: É um incêndio?- Não, é uma pegadinha do Faustão!!!!!!************************************************** Cena: Sujeito no caixa do cinema.A pergunta: Quer uma entrada?- Não, é que eu vi essa fila imensa e queria saber onde vai dar......

As três mais... Continuação.

Maria Madalena estava para ser apedrejada quandoJesus interferiu a seu favor....- Quem aqui nunca errou que atire a primeirapedra.....O português que estava ali por perto, pegou um baita tijolo do chão e meteu bem no meio da testa da Maria Madalena. Jesus foi conversar com oportuguês.- Escuta meu filho, você nunca errou?- Desta distância não senhor...

As três mais...



Dois loucos estavam tomando sol na beira da piscina do manicômio até que um deles se jogou na água e afundou. Mas do que depressa, o seu amigo, num ato heróico, pulou para salvá-lo.
No dia seguinte, o diretor do manicômio foi falar com o louco "salva- vidas"
- Meu rapaz, eu tenho duas notícias para te dar: Uma boa e uma ruim. A boa é que você finalmente terá alta, Você salvou uma vida, contudo concluimos que você está curado. A ruim é que o homem que você salvou ontem SE ENFORCOU!
- Não doutor, ele não se enforcou...
- Como não? Nós o encontramos enforcado pelo seu próprio cinto, hoje de manhã.
- Ah... Mas fui eu que pendurei ele PARA SECAR!

Por: Nandy silveirinha.

Você pode ajudar a melhorar o mundo! - O mundo de alguém!!!




Ter um animalzinho é divertido, e cômodo... Quando olhamos para aqueles olhinhos lacrimejados, aquele rostinho peludo e inofensivo... Ah! - Eles são seres adoráveis.


Sem pestanejar, passando pela feira de animais você decide adotar um. - Ração, água, vacinas, veterinários... Não importa! Vai valer a pena adotá-lo.... Olha só a carinha dele! - você diz.

Logo na sua frente, antes mesmo de você pagar o pobre animal para enfim levá-lo embora, uma criança sujinha lhe para: - Moça? me dá uma moedinha? - diz a criança.

Ou você a ignora, ou você dá logo o dinheiro para que ela saia dali.... Da sua frente. - Não digo que todas as vezes são assim... Mas quase todas.

Aquela e muitas outras crianças.... Estão presas em orfanatos, à espera de uma alma caridosa para levá-las embora... À espera de uma família... De um lar.

E muitas das vezes que enfim elas conseguem uma família... Acabam sendo maltratadas, espancadas... Sem amor, nem piedade.

Não seria melhor darmos enfâse para essas crianças que crescem solitárias nos orfanatos? -, pois os gastos.... Os custos caros, sairão baratos no final - literalmente.

Adote o animalzinho, e leve para casa.... Dê ele como presente para o seu mais novo filho adotado. - Isso seria excelente! Sem preço! - Um verdadeiro jesto humano.
Pense nisso... Incentive a adoção correta! A adoção com amor.
Por: Nandy Silveirinha e Maria S.S



sexta-feira, 4 de junho de 2010

2º Parte do Capítulo 2...

- Você além de ter os traços dela, fala como se fosse a própria Carol – seu rosto estava coberto por lágrimas.
- Me desculpe. Por favor, não foi minha intenção deixá-lo triste... – minha vontade era de desaparecer.
- Vou me controlar – disse ele, com um sorrisinho torto, envergonhado.
Ficamos parados, olhei para o poncho que ainda estava na minha mão.
- Vou usá-lo com muito carinho. Em memória a sua irmã – eu disse enquanto, alisava o poncho verde musgo.
- Você é dez – disse Jonas levantando-se.
- Já vai? – perguntei.
- Preciso dar água aos bezerros – ele limpava rapidamente as lágrimas de seu rosto.
- Quer ajuda? – perguntei.
Ele arregalou os olhos, encarou minha cadeira de rodas, sei que não era a intenção dele me ofender, porém sua expressão me deixou triste.
- Entendi – eu disse numa voz abatida.
- Não... Quero dizer, sim, pode me ajudar. Só precisamos tomar certos cuidados – disse ele, tropeçando nas palavras.
- Eu não quero atrapalhar, Jonas – ele sacudiu a cabeça, estava visivelmente preocupado com o que iria falar.
- Vai ser legal se você for. Os animais gostam de você. Só preciso que a Claudia fique conosco, tenho medo de que eu não saiba cuidar bem de você, Ana.
- Tudo bem. Então eu vou chamá-la – eu fiquei animada.
- Legal – Jonas ficou mais aliviado.
Coloquei o poncho em cima da cama junto com o embrulho. Jonas me ajudou com a cadeira de rodas, fomos procurar a Claudia, ela nunca ficava longe, contudo a encontramos rapidamente.
Ela estava numa alegria contagiante.
- E ai cunhadinha? – disse ela, risonha.
- Claudia. Por favor? Meus pais não podem saber – murmurei.
Ela fingiu trancar a boca com um cadeado.
- Minha boca será um túmulo – ela gargalhou.
- Boboca – sussurrei.
Estávamos de frente para a cabana de frutas, o lugar cheirava a laranja.
- O que vocês querem? – Claudia me conhecia muito bem, sabia que aquela minha cara era de quem estava precisando de ajuda.
- Me acompanha até o Cercado? Quero ajudar o Jonas a dar água para os bezerros – supliquei.
- Sua mãe não vai gostar – disse ela a mim, em dúvida.
- Ela nem acordou ainda – insisti.
- Tudo bem – disse Claudia, empurrando minha cadeira alegremente.
Jonas olhou-me, piscou com os olhos.
- Conseguimos – suspirei.
Fomos correndo para o Cercado, literalmente. Claudia empurrava minha cadeira com tanta velocidade que parecia uma criança de dois anos brincando com o seu carrinho.
Os bezerros estavam amarrados longe de suas mães, caso o contrário eles sugariam todo o leite que Jonas venderia.
- Olha como eles estão alegres ao nos ver – eu estava perplexa com a inteligência dos bezerrinhos.
- É por causa do Jonas – disse Claudia. – Toda vez que ele os desamarra é para levá-los a bica de água.
- Eca, que nojo! Vocês me levaram para tomar água na mesma bica que os terneiros? – perguntei fazendo careta.
Jonas riu.
- Não sua boba. Vamos levá-los para outra bica, para a bica dos bezerros!
- Mas não tem problema se nós levarmos eles para a mesma bica, pois a água é corrente – disse Claudia, rindo da minha cara.
- Eu não entendo de mina, meu negócio é torneira. – ri junto com eles.
- Você é impossível, Ana – gritou Jonas lá de trás de uma árvore. Ele estava desamarrando o último bezerro.
- O que deseja que eu faça? – perguntei a Jonas, prestativa.
- Quero que corra atrás dos bezerros quando eu der o sinal – ele riu.
- É sério? – perguntei compungida. – Está falando sério?
- Está com medinho? – disse ele, provocando-me.
- Não... Quer saber? Eu estou sim. E se eles me derem um coice? Como estou na cadeira de rodas, seu alvo acertaria diretamente a minha cara e...
- Quanta asneira – Jonas revirou os olhos, rindo. – Eles são mansos demais para tamanha barbaridade.
- Tem certeza? – perguntei com a voz trêmula.
- Tenho. Se não eu pediria para você ficar em casa ao invés de me ajudar. Ele sorria com mais vontade.
- Coragem, Ana – incentivou-me Claudia, rachando de rir.
- Agora! – gritou Jonas.
Corajosamente eu virei minha cadeira para a direção dos bezerros, embalei-a com tanta velocidade que não conseguia nem ver as árvores direito. Os pobres bezerros corriam aceleradamente em direção a mina de água. Foi aí que a “ficha caiu”. Eu não sabia onde era a mina de água, na verdade, quem me guiava era os próprios bezerros aflitos.
- Jonas! – gritei de raiva.
Jonas estava escorado em um pinheiro, chorava de rir, mantinha a mão na barrida. Era uma imagem engraçada de se ver.
- Por que eu estou correndo atrás dos bezerros? – gritei com mais raiva.
- Porque você é uma boba – respondeu ele, soluçando. – Os bezerros sabem o caminho da mina, eu só preciso soltá-los – ele sentou-se nos pés da árvore, estava tonto de tanto rir. – Eles vão sozinhos – disse ele por fim.
- Quanta maldade – murmurou Claudia. Ela não ria na mesma intensidade que ele.
- Eu te odeio – começei a rir também.
Meu rosto estava suado, meus braços ardiam de tanto embalar a cadeira. Eu arfava de tanto impulsioná-la. Meu cabelo estava solto sem o meu consentimento, pois eu havia perdido minha presilha no meio do caminho.
- Vai ter troco – respondi gargalhando.
Jonas e Claudia tornaram-se meus melhores amigos e confidentes naquele acampamento. Eu estava me sentindo livre e feliz.
Encostei minha cadeira de rodas na mesma árvore que Jonas estava sentado, Claudia estava sentada no chão a nossa frente.
- Achei que você ficaria brava com a brincadeira – disse ela, com a voz suave.
- Com certeza eu ficaria, porém, resolvi perdoar – eu ainda estava ofegante.
- Legal – retrucou Jonas. – Porque isso é só o começo.
- Quer me torturar? – eu soluçava a cada meio segundo. – Fique sabendo que você não vai ter paz enquanto eu estiver aqui – ele fez cara de medo.
- Vocês parecem duas criançinhas, será possível que eu sou a única sensata entre o bando? – Claudia brincava com um galho da árvore.
- Sensata... Você? – Jonas estourou numa gargalhada aguda.
- Ana? – nós três viramos para ver quem chamava.
- Jacson? – perguntei ao ver aquele pontinho gordo no meio da pastagem.
- Jack, o que você está fazendo aqui? – eu fiquei preocupada.
- Papai e eu vamos pescar no açude atrás do Cercado – disse ele, alegre.
Jacson estava com uma camiseta de botão amarela e suas calças ultrapassavam o umbigo, certamente mamãe o vestira.
- Consegue consertar isto? – perguntou-me ele, referindo-se a sua roupa.
- Vem aqui – eu disse encabulada. – abaixei a calça e tirei a camiseta de dentro dela. – Pronto, está melhor.
- Obrigado, Ana – disse ele com uma carinha aliviada. – Oi Jonas? – eles se cumprimentaram com uns apertos de mão esquisitos. – Oi Claudinha? – repetiu o gesto.
- O que é isso? – perguntei referindo-me aos cumprimentos.
- É a moda da garotada – Jacson falava, enquanto suas pequenas mãos o acompanhavam em gestos.
Logo vi meu pai se aproximar de nós.
- Olá meninos? – ele estava ridículo, chapéu de caubói, um palito entre os dentes e as varas de pesca nas mãos.
- Oi – respondemos em coro.
- Acordaram junto com as galinhas? – perguntou ele.
- Não pai, é que o senhor costuma acordar tarde. Agora são exatamente onze e meia da manhã – eu disse olhando para meu relógio de pulso.
- Obrigada garota do relógio – ele riu.
- De nada, senhor caubói – todos riram, aproveitaram minha crítica para soltar a gargalhada que estava presa.
- Está tão ruim assim? – perguntou ele, olhando para seu modelito.
- Está tipo assim... Cafona – gargalhamos.
- Quanta sinceridade – resmungou ele.
- Não liga não, seu Marcos – disse Jonas. – As mulheres mais velhas gostam desse tipo de visual.
- Muito obrigado Jonas – papai exaltou o Muito obrigado.
- Querem vir conosco? – perguntou Jacson, educadamente.
- Acho que não. Eu odeio peixe – respondi.
- Então... Tchau, até o almoço – ele acenou com as mãos.
Minha barrica roncou quando Jack pronunciou a palavra almoço.
- Estou com fome – murmurei enquanto apertava minha barriga.
- Vamos voltar. Dona Julia já deve ter preparado o almoço – disse Claudia.
Julia era a empregada da família. Cuidava dos afazeres domésticos da casa. Inclusive do almoço. Estava na família desde o falecimento da mãe de Claudia.
De repente, Jonas começou a rir sem parar.
- O que foi? – perguntei assustada, ele parecia um louco.
- O que o Róger vai dizer quando contarmos a ele sobre seu mico? – Jonas estava decidido a contar.
- Você não faria tamanha crueldade, faria? – tentei mudar sua decisão.
- Não conte com isso – sussurrou Claudia, empurrando minha cadeira.
- Jonas? Assim ficará difícil me tornar sua cunhada. Além de eu ser paraplégica, me comporto como uma boba? Róger não vai gostar...
Parei de falar quando percebi que o sorriso de Jonas havia sumido.
- Falei alguma coisa que não devia? – perguntei assustada.
Claudia parou a cadeira, os dois me olharam com amargura no rosto.
- Nenhum de nós, inclusive Róger, incomoda-se com o fato de você ser paraplégica. Será que você nunca vai entender isso, Ana? – Claudia estava exaltada.
- Eu me incomodo – falei irritada.
- Bobagem, isso só fará você sofrer – resmungou Jonas.
- Gente, por favor? Eu não quero brigar, o meu dia está sendo tão maravilhoso...
- Está bem, mas nos prometa que vai parar de falar essas idiotices – disse Claudia gentilmente. –, pois toda vez que você toca nesse assunto, dizendo que o Róger, ou que nós nos importamos com o fato de você ser cadeirante, faz com que todos nós fiquemos tristes.
Eu estava tão acostumada com as pessoas me rejeitando, não havia percebido que eu havia encontrado amigos verdadeiros.
Na escola eu vivia com o grupinho dos rejeitados, éramos motivo de risos para o restante da turma. Ninguém sentava conosco, alguns tinham medo, outros vergonha e alguns não sabiam o que conversar comigo, era como se minha paraplegia fosse uma doença contagiosa.
- Vocês são as primeiras pessoas que me aceitam como eu sou – comecei a chorar.
- Não fique assim – disse Jonas limpando minhas lágrimas. – Nós mal a conhecemos pessoalmente, mas tenha certeza de que a amamos – ele se referia ao Róger também, pois Claudia me conhecia há muito tempo.
- Obrigada – respondi entre sorrisos e lágrimas.
- Acalme-se – disse ele dando-me um beijo no cabelo, pois meu rosto estava ensopado por novas lágrimas.
Realmente Jonas me considerava como uma irmã, meu coração ficou tão calmo em vê-lo tão carinhoso comigo.
- Vocês são uns doces – eu disse numa voz trêmula.
- Desculpe tê-la feito chorar – disse Claudia, afagando meu cabelo.
- Claudia, você não tem nada a ver com isso, eu sei que preciso mudar o meu jeito de pensar, de ver, de encarar meus problemas. Preciso me adaptar a esse novo modo de vida, aceitar minha paraplegia. Isso é um assunto meu, portanto, não se culpe de maneira nenhuma com o meu choro.
- Obrigada, Ana. – ela ficou tranquila após minha conclusão.
- Vamos logo para casa, pois minha fome está aumentando – eu disse impetuosa.
- Ana, onde você estava? – perguntou minha mãe, preocupada, assim que voltamos para a cabana.
- Calma dona Francine. Eu estava no Cercado com a Claudia e o Jonas – eu sorri embora meus olhos demonstrassem que eu tinha chorado.
- Pelo amor de Deus, Ana. Vê se da próxima vez em que você for sair com seus amiguinhos, me avise.
- Não avisei porque você estava dormindo, me desculpe – fiz uma expressão de arrependimento, que a fez me perdoar.
- Já almoçou? – perguntou ela.
- Não, mãe. Aonde eu almoçaria fora daqui? – perguntei juntando as sobrancelhas.
- Então almoce logo – murmurou ela.
Claudia e Jonas estavam ao meu lado a todo o tempo, foram completamente ignorados por minha mãe. Ela ficou encarando-os por alguns segundos, porém, não falou nada.
- Vá almoçar – insistiu ela, exasperada.
Jonas revirou os olhos sem que ela percebesse, enquanto empurrava minha cadeira.
- Estou começando a odiar sua mãe – disse ele, explodindo de raiva. – Ela é contra que você se divirta? – perguntou ele, com entonação de afirmativa.
- Francine só quer ver a filha protegida, é isso – Claudia tentou amenizar a situação.
- Eu vou falar com ela depois, essa história de proteção está passando dos limites – eu disse furiosa.
- Ana, mudando da água para o vinho, o que você e o Róger conversaram hoje? – Jonas engolia secamente uma farofa apimentada feita por Julia.
- Jonas, você quer saber o que seu irmão e eu conversamos? – eu estava perplexa ao vê-lo querer compartilhar minha privacidade.
- É. Você gostou dele? – Jonas emendava pergunta sobre pergunta.
- Desacelera – eu gesticulei com a mão. – Não tem jeito – murmurei. – Vou ter que te dar detalhe – eu estava conformada com a curiosidade deles.
- Anda logo... – Claudia mostrou-se mais curiosa do que Jonas.
- Está bem. Ele é muito simpático, conversamos muito, especialmente sobre trabalho...
- Trabalho? – Claudia arregalou os olhos, surpresa.
- Sim. Ele me contou sobre sua profissão e eu lhe contei sobre a escola – eu sorri ao vê-los apavorados.
- Eu não posso acreditar que o Róger passou os últimos dias nos azucrinando para te conhecer e quando ele tem a oportunidade... Fala de trabalho? – Claudia estava com o rosto tenso, certamente controlava-se para não explodir de raiva.
- Claudia? O que você queria que ele fizesse? – perguntei rindo.
- Não sei Ana. Mas falar de trabalho não é o que nós esperávamos dele.
- Mas ele falou sobre outras coisas também, falou sobre um retrato que certa pessoa o deu, não é Claudia?
Rimos juntos, a tensão de Claudia sumira aos poucos.
Empurrei minha cadeira para o meio deles, fiquei entre Claudia e Jonas, dei-lhes um abraço de urso.
- Vocês dois são muito curiosos, eu não vou dar tantos detalhes de minha conversa, mas se quiserem dizer alguma coisa a ele, diga que eu adorei cada segundo.
- Hmmm, você está apaixonada – Jonas apoiava seu braço esquerdo sobre a mesa, encostando-o no queixo, parecia pensativo.
Meu rosto fora ficando vermelho. Desviei os olhos daqueles dois malucos, tentei me concentrar numa resposta eficaz que o faria silenciar.
- Cale a boca, Jonas – eu disse entre sorrisos e sermões. – Como eu poderia me apaixonar por uma pessoa que mal conheço?
- Simples – sorriu ele. – Do mesmo modo que milhões de pessoas se apaixonam. Isso é normal – disse ele, num tom calmo e expressivo demais.
- Ele marcou outro encontro? – Claudia segurava minha mão na expectativa.
- Sim – respondi encolhendo-me. A voz reprimida pelo medo.
- Sabia, eu sabia! – gritava ela, andando pela cozinha.
- O Róger é muito decidido do que fazer – Jonas falava como se não estivesse nada surpreso.
- Quando vai ser? – perguntou ela, sentando-se novamente.
- Ele disse que da próxima vez virá aqui, na cabana, me ver – eu estava ofegante, mal podia falar.
- Que lindo – Claudia repetia estas palavras por várias vezes. – vai dar namoro.
Meu estomago embrulhou, fiquei tonta só de pensar nessa hipótese.
- Você está bem? – perguntou Jonas, aflito.
- Estou, acho que sim – respondi balançando a cabeça a fim de parar com a tontura. – Não se empolguem – falei firmemente.
- Empolgar? Por que não? – Claudia estava em outro nível, poderia considerá-la como a mãe da empolgação.
- Porque eu nunca, jamais iria aceitá-lo como meu namorado – minha voz ficou rouca repentinamente. – Sei que vocês ficarão magoados, mas, a minha paraplegia atrapalharia tudo – suspirei.
- De novo não – Jonas segurou as duas mãos sobre a cabeça, parecia estar enlouquecendo.
- Não adianta ficar assim, Jonas – eu falei apontando sua falsa insanidade. – Estou decidida. Se eu fosse uma garota normal como as outras... Com certeza aceitaria, porém não posso negar minha condição.
- Que estupidez – bufou Claudia.
- Vamos brigar de novo? – perguntei tentando acalmar a situação.
- Quantas vezes você quiser – respondeu ela, sorrindo estupidamente. – Há! – gritou ela. – Se por acaso você gosta desta enfermeira aqui – referiu-se a si mesma. –, por favor, aceite o pedido de namoro dele, se não terá que procurar por outra.
Ela estava enraivecida, largou metade da comida no prato e bateu a porta da cozinha com tanta força, que fez meu copo de suco dançar na mesa.
- Nossa, que medo – eu disse sem demonstrar preocupação, embora meu coração estivesse preparando-se para explodir.
- Claudia dificilmente brinca com coisa séria – Jonas ficou sem expressão alguma, a única coisa que pude notar foi um sorrisinho de canto em seu rosto.
- Perdi a fome – retribuí o seu sorriso sem expressão e fui para fora.
- Mana, olha o tamanho desse peixe – Jacson estava sentado no chão de frente para a cabana, enquanto papai limpava os peixes.
- É enorme – falei sem entusiasmo algum.
Eles estavam com uma bacia gigantesca, lotada deles. O cheiro daquele lugar ficara insuportável, tive que respirar o mínimo possível para suportar.
- Pelo visto a pesca foi boa? – tentei puxar assunto com os dois que estavam completamente entretidos com a limpeza.
- Você não faz ideia – disse meu pai, sorrindo, porém, juntando as sobrancelhas ao abrir outro peixe.
- Que nojo, Marcos – murmurou minha mãe, do outro lado da cabana.
- Nossa. Desde quando ela acordou, está sentada ali, tomando sol – eu disse aos sussurros, para ela não ouvir.
- É assim que ela gosta de se divertir – murmurou meu pai, enquanto passava sua mão, agora desocupada, cheia de escamas pelo rosto.
- Eca – fiz a careta mais feia que pude, quando vi aquela cena.
Ouvi a voz de Jonas aproximando-se dali. Fechei a cara, antes que ele chegasse.
- Pescaram bem – alegrou-se ele.
- O mar estava para peixe – brincou meu pai, agarrando outro daqueles escamosos.
- Quer ajuda? – Jonas ajoelhou-se para ajudar, sem esperar a resposta.
Ele olhou-me pelo canto dos olhos, deu um sorrisinho de provocação e virou-se rapidamente para continuar a limpeza.
- Estou sobrando – sussurrei sem que ninguém ouvisse.
- Olá? – meu coração disparou quando ouvi aquela voz.
- Róger? – perguntou Jonas, virando-se subitamente.
- A loja fechou mais cedo – explicou-se ele, pois ainda era horário de expediente.
- Quer a chave de casa, não é? – Jonas levantara-se para pegá-la em seu bolso. – Está aqui – disse ele, prestativo.
- Obrigado. Mas eu vim para falar com a Ana.
Meu corpo amoleceu. Se eu não estivesse numa cadeira de rodas e sim em pé, tenho certeza de que eu cairia no chão.
Uma gota de suor escorreu pelo meu rosto, um vento gelado soprava nela, fazendo com que eu sentisse com clareza meu suor gélido.
- Ana? Você quer falar com a Ana? – meu pai levantou-se, deixando a faca de corte em cima de uma mesa improvisada. – Vocês se conhecem? – perguntou ele para mim.
- Sim – engasguei-me com a saliva. – Errr... Nos... Conhecemos hoje.
- É. Logo pela manhã. – afirmou Róger, sorridente.
- Eu não quero parecer com aqueles pais chatos, mas o que fez você vir aqui falar com a minha filha?
- Gostei muito de conversar com ela, e para ser sincero, quero conhecê-la melhor – Róger estava tranquilo e ainda sorridente.
Meu pai olhou para mim, assustado talvez. Não sabia o que dizer.
- Mas, mas... – gaguejou ele. Mas quer conhecê-la com qual intenção?
- Eu estou interessado em sua filha, Marcos. Não a conheci hoje, eu acompanho a história dela desde quando a Claudia começou a trabalhar para vocês. Sempre a admirei e hoje tive a oportunidade de conhecê-la pessoalmente. Acho que, de certa forma, ela percebeu meu interesse. Espero não estar te surpreendendo, Ana.
Ele olhava fixamente em meus olhos, eu falava, porém nada saía de minha boca, era como se meu volume estivesse no mudo.
- Então quer dizer que você veio aqui, corajosamente, pedir minha filha em namoro? – meu pai ao falar essa última frase, já demonstrava sua aceitação.
- Sim. Mas, se o senhor preferir, eu posso vir outra hora – Róger falava com meu pai, porém, não tirava os olhos de mim.
- Por mim tudo bem, rapaz. Agora, você precisa saber se a Ana quer te namorar ou não – meu pai coçava a cabeça com a ponta da faca que havia retirado da mesa.
- O que você me diz, Ana? – ele inclinou-se para ficar frente a frente comigo.
- Eu... Eu... Eu – minha voz falhava a todo instante. Não conseguia responder, estava parecendo um gato quando tenta tirar a bola de pelos da garganta.
Todos ficaram na expectativa. Jacson que estava tão entretido com a limpeza dos peixes parou imediatamente para ver o que eu responderia.
- Minha irmã vai ter um namorado? – perguntou ele para o Jonas.
- Róger, você deveria ter falado comigo primeiro... – finalmente consegui falar.
- Desculpe-me – ele não tirava aquele sorriso do rosto, parecia não ver meu nervosismo.
- Preciso pensar... – disse enquanto ouvia o resto da família vaiar.
- Você vai rejeitar esse tipão de olhos verdes? – perguntou minha mãe, aproximando-se.
- Confesso que eu errei – admitiu Róger. – Devia ter falado primeiro com você. Desculpe-me de verdade, Ana.
Eu mal consegui ouvir o que ele dizia, estava preocupada com a frase de Claudia, “Se por acaso você gosta desta enfermeira aqui, por favor, aceite o pedido de namoro dele, se não terá que procurar por outra.” Será que ela cumpriria aquela promessa maluca? Fiquei em pânico.
- Róger? Podemos conversar em outro lugar? – meu rosto era suplicante.
- Claro – ele estava muito calmo. – Vamos? – se direcionou a minha cadeira, com a permissão de meu pai e me levou para a cozinha.
- Aqui está melhor – meu corpo ainda tremia.
- Precipitei-me, não é? – Róger sentara sobre uma cadeira de bar que estava próxima ao fogão. Empurrou-me para perto dele.
- Um pouco – falei tentando não arfar.
- Mas, você não gostou? Ou melhor, você não quer namorar comigo? – ele parecia estar disposto a me entender, se a resposta fosse não.
- Como você mesmo pode constatar, eu sou paraplégica. Sei que você diz que isso não lhe incomoda, mas...
- Mas? – incentivou-me ele a continuar.
- Mas eu tenho medo de você se arrepender ou...
- Ana. Vamos andar conforme nossos passos aguentam? – perguntou-me ele sem que eu entendesse.
- O quê? – franzi a testa.
- Primeiro, aceite meu pedido, depois vemos o que vai acontecer, tenha certeza de que eu não me importo com sua paraplegia – ele era tão dócil com as palavras, logo meu rosto voltou ao seu estado normal.
Precisei de um tempo, mas logo respondi.
- Então... Eu aceito – respondi lentamente para não precisar repetir.
Róger pegou minha mão e a beijou com muita delicadeza, senti-me em um filme de época, romântico, mas de época.
- Você é linda, mesmo assustada, você continua linda – suas palavras dóceis entravam no meu ouvido como uma canção de ninar.
Ele tirou por fim, uma caixinha de dentro do bolso, era preta, porém delicada.
- O que é isso? – perguntei curiosa.
Ele abriu e dentro havia uma aliança, era prateada. Antigamente não existia essa história de aliança para namoro, mas hoje isso é comum.
- Posso? – pediu ele, enquanto pegava minha mão direita.
- Pode – fiquei envergonhada, pois ela estava tão fria e suada que era impossível não perceber.
- Nervosa? – perguntou-me ele.
- Muito – respondi com um sorriso trêmulo.
Ana – disse ele, a voz vagarosa e monótona. – Eu passei o dia imaginando como eu lhe faria este pedido. Mas não pensei que você aceitaria. Seus olhos, por mais que eu tente, são indecifráveis, eu não sabia se estava lhe agradando hoje no encontro, ou não.
- Você me surpreendeu desde o início. Nunca pensei que algum dia pudesse encontrar alguém como você. – eu tossia constantemente para que minha voz saísse.
- E isso é bom? – perguntou-me ele, que ainda segurava minha mão, com a aliança já colocada.
- Sim. E espero confiantemente que continue como está. Ou melhore.
Rimos juntos. Eu, enfim, estava me acalmando.
- Agora, coloque a minha – ele entregou-me a aliança, esticando junto com ela sua mão direita.
Segurei sua mão com firmeza, ela era forte, mas ao mesmo tempo, tão frágil.
- Prontinho – eu disse por fim.
- Quanto tempo vai ficar aqui na Toca? – perguntou ele.
- Acho que uma semana – eu permaneci por um instante, com os olhos distantes dali.
- Algum problema? – ele me encantava cada vez mais, sua voz tornava-se a cada minuto, mais doce e suave.
- Só estou pensando – suspirei. – Meu pai decidiu vir para cá, porém eu não pensei que esse acampamento pudesse realmente mudar alguma coisa em relação com minha visão de mundo. Acho que me enganei – disse pausadamente essa última frase.
- Certamente mudou para melhor, não é? – ele levantara-se por alguns minutos, mas logo se sentou novamente.
- Sim. Embora eu tenha que melhorar... E muito. – concluí.
- O que conta, é você querer. O resto vem aos poucos – suspirou ele.
A semana estava passando rápido demais. Todos os dias, Róger vinha me ver, porém, eu não abandonara minha liberdade de diversão com o Jonas e a Claudia.

Ainda não acabou... Amanhã tem mais.
Por: Nandy Silveirinha.