O QUE FAZEM OS SOLITÁRIOS????

O QUE FAZEM OS SOLITÁRIOS????
a solidão perturba, machuca, mas como toda a indicação de um bom médico... Nada em excesso faz mal - ou melhor, quase nada! rsrs... A solidão, às vezes faz bem! Porém Ana, deixou sua vida, por 2 anos se tornar um mar solitário... LEMBRANÇAS DE UMA ADOLESCENTE!

sexta-feira, 18 de junho de 2010



Prefácio

Eu sofri a sua ausência. Quis por muito tempo continuar sofrendo... Morrer por você. Lutar pela sua justiça, mas meu coração se recusou... Ele aceitou a sua partida e agora luta dentro de mim. – ele quer viver! Eu tentei continuar com o meu plano de culpa, mas percebo que estou sendo derrotada.
Você se foi, e por dois anos a história da minha vida se transformou em um mar de lamentações. Por dois anos eu me esqueci de como é o mundo lá fora... Espero que não se importe, mas viver é agora o meu objetivo.

1. Lembranças.

Sob o sol fumegante, eu dormia. Seus raios entravam parcialmente pela minha janela, embora fosse o suficiente para queimar minha pele.
A cortina que o impedia de consumir-me em brasas, balançava vagarosamente, permitindo esses raios solares de entrarem.
Acordei com o rosto em chamas, esfreguei os olhos estupidamente, que ainda estavam sonolentos.
Ao lado da cama, ficava uma velha penteadeira que eu ganhara de minha avó.
Por alguns minutos fiquei encarando minha imagem refletida em seu espelho.
De que adiantava eu ter tanta beleza? Pele morena clara, rosto perfeito, cabelo castanho, longo, e olhos azuis como o céu?
- Queria ser como as outras garotas. – exclamei tristemente.
Lembrei-me. Era meu aniversário. Eu não queria comemorar, não queria que ninguém me desse os parabéns. Eu estava completando dezessete anos.
Lembro-me perfeitamente do pior dia da minha vida. Há exatamente dois anos atrás minha irmã gêmea falecera por minha causa.
Era nosso aniversário de quinze anos, mamãe havia preparado a maior festa da cidade.
Estávamos todos felizes, embora Clarice minha irmã, acordara com uma pequena crise asmática. O problema era de nascença.
Fomos caminhar logo pela manhã daquele dia. Enquanto andávamos, percebi que Clarice não estava nada bem.
- Não consigo... respirar – disse ela, ofegante.
- Vamos voltar para casa – falei apoiando-a em meus braços.
- Não! Eu quero ver o rio antes da festa – ela estava muito pálida.
Andávamos por uma trilha que meu pai havia feito há alguns anos, certamente quando veio pela primeira vez a Laranjais. As árvores balançavam por causa do vento, podíamos ouvir o barulho de alguns galhos quebrando.

2 comentários:

  1. não vejo a hora de poder ler este livro. Já sei a metade da história (tenho muitas influências, sou a irmã da escritora) e a história é muito comovente e emooooocioooonante...........

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  2. brigado maninha, logo teremos o livro para apreciar...

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